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A mostrar mensagens de novembro, 2010

AS LOUCURAS DE BROOKLYN de Paul Auster (ASA)

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“ Toda a gente está mais ou menos louca em algum aspecto ” RUDYARD KIPLING Ao ler este livro, este delicioso retrato de uma certa América conteporânea que confluí em Brooklyn, descobri um outro Paul Auster. Confesso que a ultima obra que tinha lido, “Viagens no Scriptorium”, não me tinha agradado muito. Há como em muitos dos grande autores de hoje, uma certa tendência para, por vezes cederem a experimentalismos literários que nem sempre dão bom resultado. Opinião minha, pessoal e intransmissível, neste caso. Mas este “As Loucuras de Brooklyn” é um romance, com um a história recheada de outtas tantas, nem por isso menores. Mas é sobretudo a vida na sua plenitude que nos é oferecida aqui. Há uma personagem central, Nathan, que regressa a Brooklyn depois de lhe ter sido diagnosticado um cancro. É uma vida a prazo. Como todas certamente, mas esta possivelmente com um termo mais anunciado. E é no quotidiano de Nathan, dos seus reencontros com a vida nos seus mais infímos e gloriosos porme

A CIDADE E AS SERRAS de EÇA DE QUEIRÓZ (Livros do Brasil)

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“ A Máquina não isola o Homem dos grandes problemas da Natureza, mas insere-o mais profundamente neles ” ANTOINE DE SAINT-EXUPÉRY Esta semana, a minha proposta é um dos meus livros favoritos de sempre.Já o li, vai para uns vinte anos, mas ainda permanece em mim toda a história, e o sentido que lhe subjaz. Podia começar por dizer, que Eça de Queiróz é, e será para mim, o autor português que mais prazer me dá ler. Ainda não lhe encontrei uma obra que fosse menos boa. Não li tudo, é certo, mas do que li formei esta opinião. A forma como descreve personagens e ambientes, a inteligência com que identifica e caracteriza cada um dos intervenientes nos seus romances, a ironia e o humor com que pontua a narração, são no minimo brilhantes. Temos vários exemplos na sua obra de personagens que se tornaram “clássicos” e por isso mesmo intemporais. A escolha é abundante, desde o Conselheiro Acácio de “O Primo Basilio”, passando pelo Padre Amaro, até ao, para mim genial Jacinto de Tormes deste “A C

O NOME DA ROSA de UMBERTO ECO (DIFEL)

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“ Temei os profetas e aqueles que estão dispostos a morrer pela verdade, pois, em geral, farão morrer muitos outros juntamente com eles, frequentemente antes deles, por vezes no lugar deles ” UMBERTO ECO Dei por mim absolutamente surpreso por nunca ter proposto nada de Umberto Eco. Encontro explicação no facto deste autor não ter muitos romances publicados, e o ultimo já levar uns anos (“A Misteriosa Chama da Rainha Loana”). Mas a verdade, é que se retirarmos esse derradeiro, publicado em 2004, já os li todos. Foi e é para mim o referêncial do que é a verdadeira escrita inteligente, erudita e nem por isso menos acessivel. Para começar, e porque este “O Nome da Rosa” nem sempre é convenientemente lembrado como leitura, pelo facto de já se terem passado 30 anos da sua primeira publicação, é bom que se chame gente que, porventura por ser mais nova, ou simplesmente porque nunca lhe sugeriram nem o livro nem o autor, o procurem. Sei também, que todos os livros que foram passados ao cinema

Quantas coisas conseguimos fazer ao mesmo tempo?

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Sinto-me a testar o limite.........

AS LOUCURAS DE BROOKLYN de Paul Auster (ASA)

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Oferecido pela minha querida Amiga Xana!

VÍCIO INTRÍNSECO de Thomas Pynchon (Bertrand)

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“O que o povo chama vício é eterno; o que chama virtude é apenas moda” BERNARD SHAW Acabado que está este “Vício Intrínseco” de Thomas Pynchon, há algo que me confunde. Este foi e é, o único livro que li deste autor. E é, no minímo incaracterístico, que, um autor, que vinha à partida integrado na “shortlist” para o Nobel deste ano, de entre o contingente de habituais favoritos norte-americanos, saía com um romance deste quilate. Para me fazer explicar melhor, este romance será um policial, com uma particularidade que o atravessa. Introduz-nos um personagem Larry (Doc) Sportello, um detective privado, que, tem por principal característica passar a vida debaixo do efeito de narcóticos ( e alista é longa). O romance que poderá ser descrito como um policial, com um enredo intrincadíssimo,e uma fluidez assinalável. É muito divertido e Pynchon demonstra grande inteligência e sobretudo poder criativo. Mas o que me causa um pouco de estranheza é mesmo a temática. Pynchon inventa aqui um aspir

Vício Intrínseco de Thomas Pynchon