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A mostrar mensagens de outubro, 2010

MARINA de Carlos Ruíz Záfon (Planeta)

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“As nossas tragédias são sempre de uma profunda banalidade para os outros” OSCAR WILDE Conforme prometi, comecei a “dar caça” aos titulos de Carlos Ruíz Zafón. Este “Marina”, agora editado entre nós pela Planeta, é no entanto, anterior cronológicamente na obra do autor ao seu grande sucesso, e objecto de sugestão aqui na “Estante”há apenas três edições atrás. O autor destaca este livro como o seu favorito, e bem sei, que de entre os “filhos” alguns haverá que por um motivo ou outro ou numa altura ou outra nos são ou parecem mais chegados. A minha opinião não vai no sentido de estabelecer se “Marina” é melhor que a Sombra do Vento” ou de outra das obras do autor. Vai mais no sentido da confirmação. Uma confirmação positiva de um grande nome no panorama literário contemporâneo. “Marina” confirma tudo que tinha lido e sentido com a “Sombra do Vento”. Há sempre estórias dentro de estórias, e neste, há três estórias de amor e morte, e sobretudo a estórias de Óscar e Marina, que se divi

O POVO DE GUIMARÃES SUSPENDE EDIÇÃO EM PAPEL

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Estante 50 - Crónica de Uma Morte Anunciada de Gabriel Garcia Marquéz (D. Quixote)

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“Se a morte fosse um bem, os deuses não seriam imortais” Safo Peço antes de mais perdão pela troca do livro de que falarei esta semana. Penso no entanto que se justifica a alteração do titulo a sugerir, devido aos factos que certamente encontrarão explicados em outras análises feitas nesta edição do Jornal. Este pequeno/grande livro é uma obra-prima. Para ser sincero e focado no que realmente importante, a estória em si, não é fabulosa, é até uma estória simples. O que espanta é o conceito, e sobretudo tudo que lhe anda associado. A frase de abertura é um clássico (como aliás em quase todos os melhores livros de Gabriel Garcia Marquez, as frases de abertura são absolutamente marcantes) e todo o livro nos remete, atravez de Santiago Nassar, seu interprete e personagem maior, para a inevitabilidade da morte. Poderiamos aqui, como aliás seria fácil e até lógico a este respeito, fazer uma analogia entre as poucas horas de vida de Santiago, que está jurado de morte e finitude da vida em ge

VÍCIO INTRÍNSECO de Thomas Pynchon (Bertrand)

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Já está "em andamento"...

Quartos Imperiais de Bret Easton Ellis (Teorema)

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“Estimamos pouco aquilo que obtemos com demasiada facilidade” Thomas Paine Este livro que hoje se sugere, é a continuação de “Menos que Zero”, o romance de estreia de Bret Easton Ellis, e que o tornou num dos nomes mais sólidos entre os romancistas norte-americanos do ultimo quartel do Séc.XX. Sobre “Menos que Zero” já aqui se falou em crónica anterior desta “Estante”. Esta continuação tem uma particularidade que a torna invulgar. É escrita decorridos vinte e cinco anos da vida de todos os implicados, autor e personagens do livro. O registo é o mesmo. A desilução, o ambiente distópico, niilista, o profundo egoismo das personagens e as situações levadas sempre ao extremo. Se em “Menos que Zero” esse registo é absolutamente inovador e causa choque, neste “Quartos Imperiais”, esse efeito já não surge. Por razões óbvias. Já estamos à espera que Ellis nos faça experimentar cenários e personagens extremas. Não é contudo pelo elemento choque que este livro deve ser lido. Deve ser lido, ante

And the Nobel goes to.....

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Mario Vargas Llosa http://nobelprize.org/nobel_prizes/literature/laureates/2010/announcement.html

A Sombra Do Vento De Carlos Ruiz Zafón (Dom Quixote)

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“O escritor original não é aquele que não imita ninguém, mas sim aquele que ninguém pode imitar” François Chateaubriand Partilho esta sugestão ainda na ressaca desta leitura . Há já algum tempo, e bastantes mais livros que não tinha gostado tanto de uma obra. Sei que provavelmente virá a destempo esta sugestão. Quero crer que serei um dos ultimos a descobrir Carlos Ruiz Zafón e este “A Sombra do Vento”. Seria justo que assim fosse. É absolutamente magistral. Uma estória excelente, escrita de forma superior. Um tratado de amor e ódios, todo ele tecido sobre a estória de um outro livro. Uma galeria de personagens absoluta e inesquecível. Um livro que não se consegue parar de ler, que o diga a ultima noite quase em branco em que o terminei. Com aquela sensação, que infelizmente poucos livros nos dão, de que gostariamos de ver a estória continuar, pelo imenso prazer que nos deu. É um livro que se termina com pena. Que se tenta “fazer render” e esticar nas horas, mas que nos arrasta com el

Pelo Correio

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Um grande, enorme abraço, ao meu querido Amigo Miguel Carvalho, que me enviou por correio este livro do Alfredo Mendes,(a quem aproveito para saudar também.) Depois do livro sobre o " Café Piolho", este sobre os falares "à moda do Porto". Muito Muito Obrigado!!!

Entradas Frescas

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Este foi oferecido pelo Grande Fernando Lopes ;) Este foi o meu amor que me ofereceu...

Nobel de Literatura será anunciado a 7 de Outubro

O Prémio Nobel da Literatura será anunciado na próxima quinta-feira, 7 de Outubro, às 13h00 em Estocolmo (12h00 em Portugal Continental), anunciou a Academia Sueca. Let´s see....

a máquina de fazer espanhóis de valter hugo mãe (objectiva)

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“só damos pelo envelhecimento dos outros” andre malraux pensei escrever a crónica desta semana integralmente em minúsculas. por razões óbvias. é a marca registada deste autor. antes de entrar no livro propriamente dito, permitam-me algumas considerações prévias. como em muitas coisas na vida, o excesso de proximidade mata o respeito e muitas vezes a admiração. tem sido assim a minha relação de leitura com a maior parte daqueles a quem englobo na categoria de “autores portugueses vivos”. muitas vezes, senão a maior parte, acabamos por ler e ouvir estes autores a dissertarem sobre a sua obra com uma certa sobranceria e a serem corporativamente glorificados uns pelos outros. não desminto que essa impressão, era a que tinha deste autor. ouvi e li algumas entrevistas dele e li também suficiente criticas sobre a obra. o ambiente literário indígena, muito por causa disto, faz-me “pele de galinha” e põe-me em modo automático de rejeição. sei que é um preconceito parvo (como quase todos os pre