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A mostrar mensagens de novembro, 2012

TEIA DE CINZAS de Camilla Lackberg (D. Quixote)

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“Mais penosas são as consequências da ira do que as suas causas” Marco Aurélio Volto ao mesmo sítio. Invariavelmente. Começo a pensar que há na minha abordagem a livros e autores uma qualquer teoria da conspiração instalada que, de forma mais ou menos consciente me atrai para o romance policial. Também se pode dar o caso, que não é virgem, de, gostando de um livro de um determinado autor me dedicar a descobrir o respetivo “filão literário”. Bem sei que continua a haver muita e boa gente que coloca o género numa prateleira separada daquela que é genericamente denominada de “literatura séria”, ou pelo menos que não gosta de misturar o género. Eu tenho muitas dúvidas a esse respeito, até porque muitos dos melhores livros que li, independentemente da temática principal, tem algo da construção típica da atmosfera policiária. Toda esta abertura da coluna desta semana pode levar a pensar que o livro desta semana é algo de extraordinário ou grandioso. Não. Nem é o que por aqui se p

Jonas Vai Morrer

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Escrito pelo Edson Athayde em residência artística durante a Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura e gentilmente enviado pelo meu amigo Rodrigo Viana de Freitas. Estou curioso....

DIÁRIO DE INVERNO de Paul Auster (ASA)

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“Se queres um escudo impenetrável, permanece dentro de ti mesmo” Henry Thoreau Para inaugurar um novo ciclo desta coluna semanal de sugestões que tem a partir de agora o patrocínio e contributo da FNAC, um titulo de um autor que nem sempre é consensual para mim. Que há coincidências é bem verdade, basta atentar no que aqui afirmava a semana passada a respeito das biografias e autobiografias, para se ver que as regras são cada vez menos rígidas e os hábitos cada vez menos o que eram. O livro desta semana, é um diário autobiográfico. E, se é verdade que o género me tem sido um pouco alheio, não é menos verdade que ainda hoje me foi aconselhada uma leitura de uma biografia por um amigo. Mercado não faltará certamente. Mas, e para voltar ao objeto desta coluna, e para reafirmar o seu propósito, não estaria aqui a falar desta obra se ela não me tivesse agradado, e tivesse também dúvidas sobre se agradaria a mais alguém. É uma obra muito, muito interessante. Pode sempre perguntar-s

FNAC

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A partir de hoje, a minha coluna semanal "Estante Acidental" que vem sendo publicada no jornal "O Povo de Guimarães" há já cento e quarenta e cinco edições, tem o patrocínio da FNAC. Ao "Povo de Guimarães", à FNAC e sobretudo a quem por aqui vai passando, o meu Muito Obrigado!!! Os livros abaixo são as primeiras ofertas.

Da Imprensa Nacional Casa da Moeda na FABRICA ASA

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VIVER PARA CONTÁ-LA de Gabriel Garcia Marquéz (Dom Quixote)

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“Um homem de letras, que não escreve as suas memórias, tem realmente direito a que os outros lhas não escrevam” Eça de Queirós Um dos géneros que provavelmente menos frequento, dentro das minhas leituras, é, por um qualquer motivo que ainda não consigo identificar, o das biografias. Em conversa com vários dos amigos que comigo partilham o gosto, e também sugestões de leitura, estes parecem ser um tipo de livros que tem de facto alguma simpatia no mercado. Partilhando de início a minha reserva pelo tipo de leitura, não lhe sou completamente estanque. Já tenho lido algumas. Do que tenho lido, prefiro a “subespécie” da autobiografia. Há como em todas as áreas da literatura sempre um intenso debate sobre a maior ou menor veracidade de tudo aquilo que se conta e da forma como se conta. Nada me parece mais normal do que o facto de a revisitação do passado ser feita com base em memórias que são muitas vezes representações mentais que não são rigorosamente o que de facto aconteceu. C