Mensagens

A mostrar mensagens de 2010

2010 - Os Livros de que não falei.

Imagem
No finalzinho de 2010, deixo aqui, tal como nos típicos jantares desta quadra, “os restos” para partilhar com os amigos. Desde a primeira destas sugestões de leitura, que, no final da página há um conjunto de livros a que pomposamente chamo os da “mesinha de cabeceira”. São aqueles que vou tendo para ler... E, como tenho aqui repetido muitas vezes, apesar de ser um leitor compulsivo e de ler quase tudo , o facto é, que o quase também existe. Há um certo número de livros que me passam pelas mãos, sejam oferecidos, comprados, recomendados ou emprestados cuja leitura não fui capaz de concluir. Outros há ainda que li e não sugeri. Há ainda outros, a maioria, que foram simplesmente ultrapassados pelo meu interesse noutros que entretanto me surgiram (alguns desses casos ocorreram quando li a trilogia Millennium de Stieg Larsson, por exemplo). Assim, deixo aqui, para apreciação, e dividido entre o que li, o que não terminei, e os de que não gostei (mera opinião minha, que pode se

FELIZ 2011!!!!!

Imagem

A AMANTE HOLANDESA de J. Rentes de Carvalho (Quetzal)

Imagem
“ Nas ligações do coração, como nas estações, os primeiros frios são os mais sensíveis ” BERNARD FONTENELLE C umprindo o que tinha prometido a mim próprio, aqui prossigo a minha descoberta particular do universo literário de J. Rentes de Carvalho. Este livro, “A Amante Holandesa”, não fez mais do que confirmar a impressão poderosa que me tinha deixado o primeiro que li, “Ernestina”. É um facto, J. Rentes de Carvalho é um escritor a sério. E digo isto alicerçado numa posição particular, de quem tem sempre, defeito meu decerto, preferido a literatura internacional ao que por cá se edita de autores nacionais. Irrita-me bastante a constante descoberta de “novos valores” e de “revelações”, que se vem a revelar, isso sim, grandes decepções para mim. É um pouco como se o futebol produzisse Eusébios e Maradonas em série, se é que me faço entender. Bem, retomando o tema e o autor, começo por dizer que, ao contrário de outras obras esta é-me dificil de classificar, ou encaixar numa das pratele

Novas Entradas

Imagem

ASSASSINATOS NA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS de Jô Soares (Editorial Presença)

Imagem
Feliz reencontro com um autor de poucos livros publicados. Para inicio de conversa adiantamos já que sim, este é o Jô Soares humorista, o de “ Viva o Gordo ” e dono de um dos talk shows mais influentes e antigos da TV brasileira. Tinha já lido em tempos o seu primeiro romance, do qual aliás fiquei com excelente impressão, e que aproveito aqui para também sugerir: “O Xangô de Baker Street”, uma deliciosa aventura de Sherlock Holmes no Brasil, escrita com humor e inteligência. Uma boa homenagem a Sir Arthur Conan Doyle, sem dúvida. Resolvi entretanto ir em busca de mais dois livros de Jô Soares, e do primeiro aqui estou a dar conta. Este “Assassinatos na Academia Brasileira de Letras” é mais um excelente romance policial. Num estilo muito próprio ao qual não é nada alheia a veia humorística do autor e a sua particular boa disposição. O tema versa sobre a ascensão às cadeiras da Academia Brasileira de Letras e o que, de certa forma, todos os interessados estão na disposição de fazer para

Mais um a agradecer ao Fernando Lopes...

Imagem

Em leitura...

Imagem
Andava há que tempos para ler isto, há algum tempo li "O Xangô de Baker Street" e adorei. Estes estou a ler em simultâneo....

ERNESTINA de J. Rentes de Carvalho (Quetzal)

Imagem
“ Toda a mulher acaba por ficar igual à sua própria mãe.Essa é a sua tragédia. Nenhum homem fica igual à sua própria mãe. Essa é a sua tragédia. ” OSCAR WILDE Ele há coisas do demónio! Anda um cristão a pregar contra uma certa categoria de “autores portugueses vivos”, e esbarra-se com um, que além de português parece estar dez vezes mais vivo que os outros. J. Rentes de Carvalho, que me foi dado a conhecer pelo meu particular Amigo Fernando Lopes, é um autor de sucesso...na Holanda!!! Pasme-se! Pasmo eu, agora que li este livro, pela minha bruta ignorância, que temo não ande sózinha nas hostes dos leitores, mais ou menos compulsivos, como eu. Este Senhor (com maiúsculas merecidíssimas) é um Mestre. Há muito, muito tempo, que nada de comparável me acontecia com um livro e um autor. Então português...estamos conversados. Se tivermos por inclinação ler algumas das coisas que a “genialidade” auto-proclamada da meia dúzia do costume, encontramos neste “Ernestina” um contraste de qualidade

Humor e muita sátira nas «Danças de S. Nicolau 2010»

Imagem

Ernestina de J. Rentes de Carvalho

Imagem
Um autor "português vivo", descoberto (para mim) pelo grande Fernando Lopes, que pelo andar da leitura me vai fazer engolir tudo o que tenho dito sobre quem escreve em português... Um autor que encarna o provérbio de não se ser profeta na sua terra...é "Big in The Netherlands.".... Á medida que vou lendo...vou ficando progressivamente envergonhado de não o conhecer há mais tempo...não por obrigação, mas pela falta que me fazem escritores a sério.. Obrigado Fernando pela apresentação e pelo empréstimo deste "Ernestina"....

Trailer El secreto de sus ojos

Imagem
Um dos melhores filmes de que me recordo. Óscar de Melhor Filme Estrangeiro 2009 Para mim "O Melhor Filme de 2009"

5ª AVENIDA de Candace Bushnell ( Oficina do Livro)

Imagem
“ Ninguém sobe tão alto como quem não sabe para onde vai ” CROMWELL Continuamos pois, de acordo com o proposto na semana passada, a utilizar como pano de fundo para estas sugestões, a cidade de Nova Iorque. E, para alterar um pouco o registo de leitura, proponho um livro de Candace Bushnell. Esta autora, que dispensará mais apresentações que não sejam o de ser a autora de “Sexo e a Cidade” (coluna que a própria escrevia no “The New York Observer” e que deu origem a um best seller, à série televisiva com o mesmo nome e ainda a dois filmes de grande êxito comercial). Já tive oportunidade de ler outras obras da autora, e, se os ambientes e o tom, andam invariavelmente à volta do mesmo: mulheres jovens e euas ambições e frustrações em ambientes cosmopolitas e sofisticados, não é menos verdade que esta autora o faz melhor que ninguém. Como diz um autor que muito prezo, escrever simples é o mais dificil. E estes livros, são, para além de entretenimento garantido, de uma percepção de um dete

QUANDO O BRILHO CAI de Jay McInernay ( Edições ASA)

Imagem
“ Corremos alegres para o precipício, quando pomos pela frente algo que nos impeça de o ver ” BLAISE PASCAL Lembrei-me a propósito do livro da semana passada, de fazer uma espécie de série temática de sugestões. O tema presente e que se repetirá na próxima coluna também, é o de livros, que tenham por cenário a cidade de Nova Iorque. Este “Quando o Brilho Cai”, de Jay McInernay, é de 1984, e se o sugiro, é porque é, de facto, um romance invulgar. Quando é lançado, faz com que crítica especializada lance o nome de McInernay para o comando de uma nova vaga, ou nova geração de escritores norte-americanos com uma voz e registo próprios. É também o caso de Bret Easton Ellis, de quem já temos sugerido obras aqui (relembramos que “Menos que Zero”, de B.E.Ellis, é lançado em 1985), e há inclusivamente apropriação de personagens por um e outro destes autores, chegando B.E.Ellis, a incluir o próprio McInernay, numa cena do seu mais recente “Lunar Park”. Mas, pormenores à parte, este livro tem vá

AS LOUCURAS DE BROOKLYN de Paul Auster (ASA)

Imagem
“ Toda a gente está mais ou menos louca em algum aspecto ” RUDYARD KIPLING Ao ler este livro, este delicioso retrato de uma certa América conteporânea que confluí em Brooklyn, descobri um outro Paul Auster. Confesso que a ultima obra que tinha lido, “Viagens no Scriptorium”, não me tinha agradado muito. Há como em muitos dos grande autores de hoje, uma certa tendência para, por vezes cederem a experimentalismos literários que nem sempre dão bom resultado. Opinião minha, pessoal e intransmissível, neste caso. Mas este “As Loucuras de Brooklyn” é um romance, com um a história recheada de outtas tantas, nem por isso menores. Mas é sobretudo a vida na sua plenitude que nos é oferecida aqui. Há uma personagem central, Nathan, que regressa a Brooklyn depois de lhe ter sido diagnosticado um cancro. É uma vida a prazo. Como todas certamente, mas esta possivelmente com um termo mais anunciado. E é no quotidiano de Nathan, dos seus reencontros com a vida nos seus mais infímos e gloriosos porme

A CIDADE E AS SERRAS de EÇA DE QUEIRÓZ (Livros do Brasil)

Imagem
“ A Máquina não isola o Homem dos grandes problemas da Natureza, mas insere-o mais profundamente neles ” ANTOINE DE SAINT-EXUPÉRY Esta semana, a minha proposta é um dos meus livros favoritos de sempre.Já o li, vai para uns vinte anos, mas ainda permanece em mim toda a história, e o sentido que lhe subjaz. Podia começar por dizer, que Eça de Queiróz é, e será para mim, o autor português que mais prazer me dá ler. Ainda não lhe encontrei uma obra que fosse menos boa. Não li tudo, é certo, mas do que li formei esta opinião. A forma como descreve personagens e ambientes, a inteligência com que identifica e caracteriza cada um dos intervenientes nos seus romances, a ironia e o humor com que pontua a narração, são no minimo brilhantes. Temos vários exemplos na sua obra de personagens que se tornaram “clássicos” e por isso mesmo intemporais. A escolha é abundante, desde o Conselheiro Acácio de “O Primo Basilio”, passando pelo Padre Amaro, até ao, para mim genial Jacinto de Tormes deste “A C

O NOME DA ROSA de UMBERTO ECO (DIFEL)

Imagem
“ Temei os profetas e aqueles que estão dispostos a morrer pela verdade, pois, em geral, farão morrer muitos outros juntamente com eles, frequentemente antes deles, por vezes no lugar deles ” UMBERTO ECO Dei por mim absolutamente surpreso por nunca ter proposto nada de Umberto Eco. Encontro explicação no facto deste autor não ter muitos romances publicados, e o ultimo já levar uns anos (“A Misteriosa Chama da Rainha Loana”). Mas a verdade, é que se retirarmos esse derradeiro, publicado em 2004, já os li todos. Foi e é para mim o referêncial do que é a verdadeira escrita inteligente, erudita e nem por isso menos acessivel. Para começar, e porque este “O Nome da Rosa” nem sempre é convenientemente lembrado como leitura, pelo facto de já se terem passado 30 anos da sua primeira publicação, é bom que se chame gente que, porventura por ser mais nova, ou simplesmente porque nunca lhe sugeriram nem o livro nem o autor, o procurem. Sei também, que todos os livros que foram passados ao cinema

Quantas coisas conseguimos fazer ao mesmo tempo?

Imagem
Sinto-me a testar o limite.........

AS LOUCURAS DE BROOKLYN de Paul Auster (ASA)

Imagem
Oferecido pela minha querida Amiga Xana!

VÍCIO INTRÍNSECO de Thomas Pynchon (Bertrand)

Imagem
“O que o povo chama vício é eterno; o que chama virtude é apenas moda” BERNARD SHAW Acabado que está este “Vício Intrínseco” de Thomas Pynchon, há algo que me confunde. Este foi e é, o único livro que li deste autor. E é, no minímo incaracterístico, que, um autor, que vinha à partida integrado na “shortlist” para o Nobel deste ano, de entre o contingente de habituais favoritos norte-americanos, saía com um romance deste quilate. Para me fazer explicar melhor, este romance será um policial, com uma particularidade que o atravessa. Introduz-nos um personagem Larry (Doc) Sportello, um detective privado, que, tem por principal característica passar a vida debaixo do efeito de narcóticos ( e alista é longa). O romance que poderá ser descrito como um policial, com um enredo intrincadíssimo,e uma fluidez assinalável. É muito divertido e Pynchon demonstra grande inteligência e sobretudo poder criativo. Mas o que me causa um pouco de estranheza é mesmo a temática. Pynchon inventa aqui um aspir

Vício Intrínseco de Thomas Pynchon

MARINA de Carlos Ruíz Záfon (Planeta)

Imagem
“As nossas tragédias são sempre de uma profunda banalidade para os outros” OSCAR WILDE Conforme prometi, comecei a “dar caça” aos titulos de Carlos Ruíz Zafón. Este “Marina”, agora editado entre nós pela Planeta, é no entanto, anterior cronológicamente na obra do autor ao seu grande sucesso, e objecto de sugestão aqui na “Estante”há apenas três edições atrás. O autor destaca este livro como o seu favorito, e bem sei, que de entre os “filhos” alguns haverá que por um motivo ou outro ou numa altura ou outra nos são ou parecem mais chegados. A minha opinião não vai no sentido de estabelecer se “Marina” é melhor que a Sombra do Vento” ou de outra das obras do autor. Vai mais no sentido da confirmação. Uma confirmação positiva de um grande nome no panorama literário contemporâneo. “Marina” confirma tudo que tinha lido e sentido com a “Sombra do Vento”. Há sempre estórias dentro de estórias, e neste, há três estórias de amor e morte, e sobretudo a estórias de Óscar e Marina, que se divi

O POVO DE GUIMARÃES SUSPENDE EDIÇÃO EM PAPEL

Imagem

Estante 50 - Crónica de Uma Morte Anunciada de Gabriel Garcia Marquéz (D. Quixote)

Imagem
“Se a morte fosse um bem, os deuses não seriam imortais” Safo Peço antes de mais perdão pela troca do livro de que falarei esta semana. Penso no entanto que se justifica a alteração do titulo a sugerir, devido aos factos que certamente encontrarão explicados em outras análises feitas nesta edição do Jornal. Este pequeno/grande livro é uma obra-prima. Para ser sincero e focado no que realmente importante, a estória em si, não é fabulosa, é até uma estória simples. O que espanta é o conceito, e sobretudo tudo que lhe anda associado. A frase de abertura é um clássico (como aliás em quase todos os melhores livros de Gabriel Garcia Marquez, as frases de abertura são absolutamente marcantes) e todo o livro nos remete, atravez de Santiago Nassar, seu interprete e personagem maior, para a inevitabilidade da morte. Poderiamos aqui, como aliás seria fácil e até lógico a este respeito, fazer uma analogia entre as poucas horas de vida de Santiago, que está jurado de morte e finitude da vida em ge

VÍCIO INTRÍNSECO de Thomas Pynchon (Bertrand)

Imagem
Já está "em andamento"...

Quartos Imperiais de Bret Easton Ellis (Teorema)

Imagem
“Estimamos pouco aquilo que obtemos com demasiada facilidade” Thomas Paine Este livro que hoje se sugere, é a continuação de “Menos que Zero”, o romance de estreia de Bret Easton Ellis, e que o tornou num dos nomes mais sólidos entre os romancistas norte-americanos do ultimo quartel do Séc.XX. Sobre “Menos que Zero” já aqui se falou em crónica anterior desta “Estante”. Esta continuação tem uma particularidade que a torna invulgar. É escrita decorridos vinte e cinco anos da vida de todos os implicados, autor e personagens do livro. O registo é o mesmo. A desilução, o ambiente distópico, niilista, o profundo egoismo das personagens e as situações levadas sempre ao extremo. Se em “Menos que Zero” esse registo é absolutamente inovador e causa choque, neste “Quartos Imperiais”, esse efeito já não surge. Por razões óbvias. Já estamos à espera que Ellis nos faça experimentar cenários e personagens extremas. Não é contudo pelo elemento choque que este livro deve ser lido. Deve ser lido, ante

And the Nobel goes to.....

Imagem
Mario Vargas Llosa http://nobelprize.org/nobel_prizes/literature/laureates/2010/announcement.html

A Sombra Do Vento De Carlos Ruiz Zafón (Dom Quixote)

Imagem
“O escritor original não é aquele que não imita ninguém, mas sim aquele que ninguém pode imitar” François Chateaubriand Partilho esta sugestão ainda na ressaca desta leitura . Há já algum tempo, e bastantes mais livros que não tinha gostado tanto de uma obra. Sei que provavelmente virá a destempo esta sugestão. Quero crer que serei um dos ultimos a descobrir Carlos Ruiz Zafón e este “A Sombra do Vento”. Seria justo que assim fosse. É absolutamente magistral. Uma estória excelente, escrita de forma superior. Um tratado de amor e ódios, todo ele tecido sobre a estória de um outro livro. Uma galeria de personagens absoluta e inesquecível. Um livro que não se consegue parar de ler, que o diga a ultima noite quase em branco em que o terminei. Com aquela sensação, que infelizmente poucos livros nos dão, de que gostariamos de ver a estória continuar, pelo imenso prazer que nos deu. É um livro que se termina com pena. Que se tenta “fazer render” e esticar nas horas, mas que nos arrasta com el

Pelo Correio

Imagem
Um grande, enorme abraço, ao meu querido Amigo Miguel Carvalho, que me enviou por correio este livro do Alfredo Mendes,(a quem aproveito para saudar também.) Depois do livro sobre o " Café Piolho", este sobre os falares "à moda do Porto". Muito Muito Obrigado!!!

Entradas Frescas

Imagem
Este foi oferecido pelo Grande Fernando Lopes ;) Este foi o meu amor que me ofereceu...

Nobel de Literatura será anunciado a 7 de Outubro

O Prémio Nobel da Literatura será anunciado na próxima quinta-feira, 7 de Outubro, às 13h00 em Estocolmo (12h00 em Portugal Continental), anunciou a Academia Sueca. Let´s see....

a máquina de fazer espanhóis de valter hugo mãe (objectiva)

Imagem
“só damos pelo envelhecimento dos outros” andre malraux pensei escrever a crónica desta semana integralmente em minúsculas. por razões óbvias. é a marca registada deste autor. antes de entrar no livro propriamente dito, permitam-me algumas considerações prévias. como em muitas coisas na vida, o excesso de proximidade mata o respeito e muitas vezes a admiração. tem sido assim a minha relação de leitura com a maior parte daqueles a quem englobo na categoria de “autores portugueses vivos”. muitas vezes, senão a maior parte, acabamos por ler e ouvir estes autores a dissertarem sobre a sua obra com uma certa sobranceria e a serem corporativamente glorificados uns pelos outros. não desminto que essa impressão, era a que tinha deste autor. ouvi e li algumas entrevistas dele e li também suficiente criticas sobre a obra. o ambiente literário indígena, muito por causa disto, faz-me “pele de galinha” e põe-me em modo automático de rejeição. sei que é um preconceito parvo (como quase todos os pre

Para a Semana...

Imagem

Esta Semana...

Imagem

AS VIAGENS DE GULLIVER de Jonathan Swift (Civilização)

Imagem
Viajar é nascer e morrer a todo o instante” Victor Hugo Viajo a uma sugestão de leitura que dita essencial para qualquer estante que se preza. As Viagens de Gulliver de Jonathan Swift (que tem um titulo bastante mais sugestivo e interessante no original, mas que aqui rouba espaço à crónica. Erradamente confundido com um titulo infantil ou juvenil (não sei se será por isso que está no Plano Nacional de Leitura para o 6º Ano de Escolaridade, concordando que lá esteja se conseguir transmitir o verdadeiro significado e alcance da obra, o que não me parece assim tão fácil). Falo por mim, li este magnifico livro quando tinha quinze ou dezasseis anos e voltei a lê-lo após umas boas duas décadas. O que de lá se retira é completamente diferente. É um livro que cresce connosco, e ao qual vamos removendo camadas sobre camadas de ironia e sarcasmo, para lhe ver o sentido real. O mais provável será, se considerarmos este um livro infanto-juvenil, que não lhe retiremos mais do que o prime

O COMPLEXO DE PORTNOY de Philip Roth (D. Quixote)

Imagem
“A Sociedade, a familia e o Homem expiam incessantemente a culpa do Homem, da Familia e da Sociedade " Camilo Castelo Branco Acerca de Philip Roth poderiamos encher várias colunas. Um dos maiores escritores contemporâneos e um dos expoentes máximos da literatura norte- americana do Séc. XX e já deste corrente XXI. Podemos destacar, entre outras obras, «Goodbye, Columbus»(1959), o seu primeiro grande sucesso, o presente «O complexo de Portnoy» (1969), «Pastoral Americana» (1997), «Casei com um comunista» (1998) e «A Mancha humana» (2000), estes ultimos que constituem a sua “trilog1a americana” e que datam da década de 90. Este “O Complexo de Portnoy” é um portento de humor, muitas vezes gráfico demais nas descrições, directo e escabroso, aborda dois temas de forma indissociavel, o sexo e a culpa. Num registo que nos remete para um filme de Woody Allen (é a melhor analogia que posso encontrar, e há de facto muito em comum na obra des dois geniais autores) este relato na primei