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A mostrar mensagens de julho, 2013

Novas Entradas - Leituras Estivais

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O MEU PÉ DE LARANJA LIMA de José Mauro de Vasconcelos

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“Tudo quanto é belo manifesta o verdadeiro” Vitor Hugo Na minha busca de sugestões de leitura, faço aqui uma pequena pausa para todos aqueles que incessantemente se refrescam na novidade e na descoberta de novas obras e autores, para voltar um pouco atras no tempo e partilhar um pequeno prazer que também ajudou a formar a minha vontade de ler mais. Não sei se é um livro para crianças, para jovens ou para adultos, não me compete nem me apetece classificar. A meu ver é um livro de todos. Não para todos certamente, mas de todos, porque é uma obra que fala de algo especial de uma forma absolutamente maravilhosa. Não é fácil reproduzir a infância. Seja em que arte for, a infância encerra em si algo de especial e muitas vezes intangível. Esta obra consegue-o, e não me lembro de muito mais, na escrita, exceção ao Principezinho de Saint-Exupéry, que com um registo diferente também é capaz de nos maravilhar. A história é simples e complexa, mas faz-nos ver o mundo pelo seu lado mara

A DIVINA COMÉDIA de Dante Alighieri ( tradução de Vasco Graça Moura ) BERTRAND

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"Os verdadeiros para í sos s ã o os para í sos que se perderam." Marcel Proust Os recursos tecnológicos disponíveis deixam me ao dispor apenas um IPad para escrever a crónica desta semana. Pouca ou nenhuma rede no local se onde escrevia dificultaram de certa forma o modo de fazer chegar esta crónica aos destinatários, no entanto com um pouco de engenho e os "gadgets" certos a coisa resolveu-se. De férias em parte incerta resolvi sugerir uma leitura mais arriscada. Uma leitura à qual só recentemente temos acesso com tradução em português. E é um facto que remete para algo que foi durante muito tempo um verdadeiro problema para quem lê em Portugal. Refiro-me à escassez de clássicos traduzidos que durante muito tempo, e falo por mim, toda a minha adolescência e parte da idade adulta enfrentei dificuldades acrescidas para ler obras de clássicos italianos, gregos ou mesmo alguns autores de séculos mais próximos, que, ou lia no original, o que, convenhamo

UMA VERDADE INCÓMODA de John le Carré (D Quixote)

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“ A percepção é o pensamento do pensamento alheio” Fernando Pessoa John le Carré dispensará apresentações. Mesmo para quem nunca dele tenha lido nenhuma obra. A passagem ao cinema de vários dos seus títulos contribuiu decisivamente para propagar o seu nome muito para além da literatura. Dos que já li, o clássico de espionagem “O Espião que Saiu do Frio” de 1963, “A Vingança de Smiley” de 1979, “O Alfaiate do Panamá” de 1996, “O Fiel Jardineiro” de 2001 e “Um Traidor dos Nossos” de 2010, tenho opiniões diversas. E se não gostei particularmente deste ultimo de 2010, tenho que reconhecer que este “Uma Verdade Incómoda” recém-publicado pela D. Quixote me fez inverter alguma pequena desilusão que tinha tido com o predecessor. Não só é um enredo actual como, e aí sim principalmente nos dá a visão desiludida e desencantada do panorama geo politico actual baseada em duas versões ficcionadas de si próprio. Gosto muito das personagens e da respectiva “bagagem” que Le Carré traça nos