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A mostrar mensagens de março, 2014

O TANGO DA VELHA GUARDA de Arturo Pérez-Reverte (ASA)

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“A dança é uma tentativa muito rude de penetrar no ritmo da vida” Bernard Shaw Arturo Pérez-Reverte é um velho frequentador da minha estante. Será talvez um dos escritores de língua espanhola mais traduzidos e vendidos no Mundo. E não é por acaso. Uma longa experiência como jornalista e correspondente de guerra forneceu-lhe a base de uma escrita sólida, credível e estruturada. Sempre senhor de histórias e enredos excecionais, como é o caso de alguns dos seus títulos que já por aqui sugerimos. A esse respeito voltamos a incluir nesta nova sugestão, o reforço da última que foi “O Assédio”. Um grande escritor tem também (e não o tem todos evidentemente) a capacidade de se reinventar na escrita e nos temas que aborda. Pérez-Reverte, a cada obra que cria também o faz. Já li de tudo um pouco. Policiais de grande nível, romances históricos excelentes, relatos mais ou menos autobiográficos, e agora, uma viagem ao século XX pontuada por uma história de amor improvável mas sobretudo i

HAM ON RYE (PÃO COM FIAMBRE) de Charles Bukowski (Ulisseia) e THE CATCHER IN THE RYE (À ESPERA NO CENTEIO) de J.D. Salinger (Quetzal)

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“A juventude é a embriaguez sem vinho” Johann Goethe   Há já um par de meses, com a oferta do romance autobiográfico de Bukowski por parte de um grande amigo que me aconteceu ler em simultâneo dois romances icónicos sobre a juventude. O Mítico “Catcher on the Rye” e o “Ham on Rye”, é assim esta uma crónica dupla sobre dois livros absolutamente essenciais. Não sei se os acasos existem de facto. A verdade é que comecei a ler o “The catcher in the Rye” de J.D.Salinger e este “Ham on Rye” de Bukowski ao mesmo tempo. Terminei este primeiro. A sensação é brutal. A de estar encalhado entre dois portentos literários. Um tinha-o como um clássico, o outro é um autor de culto. Penso que se baralharmos os rótulos, ambos servem às duas obras. Mas o melhor é sugerir um de cada vez. Charles Bukowski é ele próprio em personagem em si mesmo. Um dos autores mais fascinantes do séc. XX. Um escritor intenso, revoltado, inclemente, excessivo, brutal, um dos melhores arautos da decadência