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A mostrar mensagens de outubro, 2013

October Harvest

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O LIVREIRO de Mark Pryor (Clube do Autor)

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“O livro é um animal vivo” Aristóteles Prosseguindo nestas ultimas semanas num ritmo apreciável de leituras muito variadas, sugiro esta semana uma “refeição mais leve”. Este O Livreiro, é uma das escolhas que faço por vezes guiadas apenas pelo aspecto da capa e pela possibilidade de uma boa história. Venho a saber pelo próprio livro que se trata de um primeiro romance deste autor. E, há que o dizer, cumpre exemplarmente a tarefa a que se propõe. Entreter. O argumento, que é bastante cinematográfico, é bastante interessante, e comporta no seu essencial algo que sempre me fez inclinar para algumas obras. A peça central da trama é um livro. Neste caso serão até vários, mas o ambiente, sempre próximo aos bouquinistes que, em Paris nas margens do Sena, fazem esse interessantíssimo comércio livreiro, é bastante interessante, e se se pode pensar, revela também a faceta de bibliófilo do próprio autor. Não é certamente a obra que nos vai mudar a vida, mas é bem pensado, bem escrito, com

UNHA COM CARNE de Elmore Leonard (Teorema)

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“Ladrão: nome vulgar para um individuo com sucesso em obter a propriedade dos outros” Ambrose Bierce Ando em fase de novidades. Na passada semana John Fante, e esta na verdade, o meu primeiro Elmore Leonard. Provavelmente o impulso final para a leitura aconteceu com a infeliz noticia do seu falecimento no passado mês de Agosto. A sua longa e profícua carreira de escritor, com mais de quarenta romances e vários argumentos cinematográficos, a par de muitas e excelentes referências, quer da critica, quer de amigo, andavam a tornar esta leitura num adiar penoso para mim. É, para quem vem acompanhando estas pequenas indicações de leitura, bem sabido que uma das minhas principais e favoritas formas de entretenimento literário o policial, nas suas mais diversas vertentes. Desde o clássico, descubra o autor do crime, até aos thrillers de raiz mais diversa. Este “Unha Com Carne” é um desses thrillers, com uma história onde entram, ao que é apregoado na badana do livro, personagens de obr

O PALÁCIO DA MEIA-NOITE de Carlos Ruiz Zafón (Planeta)

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“Fazer troça da Filosofia, é, na verdade, filosofar” Pascal Há na escrita de Carlos Ruiz Zafón uma dimensão mágica, uma realidade alternativa que faz com que busquemos dentro de nós a fantasia que nos deixa entrever nos seus enredos e tramas. Este livro “O Palácio da Meia-Noite, de 1994, é o seu segundo romance e é, nas suas próprias palavras em nota de autor nesta edição da Planeta, um dos seus romances “juvenis”. Não sei se o rótulo é correto. Nem, com grande franqueza, tem isso grande interesse. O que a mim, salvo melhor opinião me faz correr atras de um livro ou de um autor não e a classificação (e na maior parte das vezes alguma critica especializada também), é sobretudo a continuidade. Mantenho, como a grande parte dos leitores, uma curiosidade grande em conhecer o máximo da obra dos escritores que por este ou aquele motivo me agradam. O percurso do leitor é normalmente o inverso daquele percorrido pelos autores, já que, na maior parte dos casos se começa pela obr