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A mostrar mensagens de março, 2013

PENA CAPITAL de Robert Wilson (D. Quixote)

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“A perversidade é um dos impulsos primitivos do coração humano.” Edgar A. Poe Mais uma semana com algumas leituras em simultâneo. E um regresso aos policiais. A este em particular até porque o ultimo lido de Robert Wilson, “O Ultimo Ato em Lisboa” me impressionou muito favoravelmente. Para quem não se lembra, a temática, histórica, passava pela exploração do volfrâmio português durante a Segunda Grande Guerra e um homicídio cometido décadas após que se completavam numa trama de suspense muito bem gizada e interessante. De todos os géneros sobre os quais vou escrevendo e sugerindo, o policial tem sido o mais presente nesta coluna, até porque se trata de um domínio da escrita que tem não só um universo de leitores muito dedicados mas que conta entre os autores com um cada vez maior número de criadores de muito bom nível. Robert Wilson, é britânico, mas tem uma singularidade, divide o seu tempo entre o seu país de origem e uma pequena quinta no Alentejo. Daí ser fácil de pe

Novo de J. Rentes de Carvalho a 12 de Abril !!!

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NADAR PARA CASA de Deborah Levy (D. Quixote)

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“A realidade é apenas uma ilusão, ainda que muito persistente.” Albert Einstein Este livro de Deborah Levy é uma belíssima indicação que me foi dada na Fnac em Guimarães. Não conhecia nem titulo nem autora. Daí que, ao saber que o livro esteve na shortlist para o Man Booker Prize 2012 , tenha feito alguma pesquisa. O que mais me surpreendeu, não foram as referências que encontrei a esta autora. Foi um certo desencanto pela escolha do júri do referido prémio em 2012. O Man Booker foi atribuído a Hilary Mantel pelo romance histórico “Bring Up The Bodies” , o que torna esta autora a única a ter recebido este prémio por duas vezes. O que me chamou realmente a atenção, e é um tema que é recorrente quando enquadrado neste universo dos galardões literários é o de saber se os prémios devem ser atribuídos somente pelo mérito ou se na respectiva escolha e análise dos candidatos, deve ser levado em conta o efeito que o prémio tem a vários níveis. Um, a projecção da obra e do vence

ENGANO de Philip Roth (D. Quixote)

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“Nenhuma coisa desengana a quem quer enganar-se.” Padre António Vieira Mais um livro de Philip Roth. Mais uma excelente surpresa. Uma obra original e num registo que para manter a coerência literária e a qualidade ao longo de todo o livro, só mesmo ao alcance de um enorme contador de histórias. Não é um livro fácil de catalogar, ao invés, é extraordinariamente fácil de ler. É um conjunto de diálogos entre dois amantes, e é mesmo só isso. Claro que falando de Roth este “só isso” contém um universo de ideias. O que é no mínimo extraordinário é que o que poderia ser um apêndice de outra qualquer obra se torna aqui numa história que vale por si só e nos oferece uma visão sobre este cenário a partir de um ângulo muito particular. Fazer caber toda uma história, todo um cenário e respectivas personagens num enquadramento puramente oral não é fácil, e, pelo menos para mim, é uma abordagem nova. Creio já por aqui ter afirmado que o experimentalismo literário e a busca do original pel

GLAMORAMA de Bret Easton Elis (Teorema)

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“Todos vêem o que pareces, poucos percebem o que és.” Nicolau Maquiavel Enquanto várias leituras de volume e densidade altas não terminam e me libertam para as respectivas sugestões, tenho que me socorrer de leituras mais antigas para continuar o meu pequeno propósito de “evangelização literária” J . Ironias à parte, devo fazer constar que o protocolo estabelecido entre o jornal e a Fnac, que me tem permitido escolher alguns bons livros, tem também contribuído para que o meu atraso em relação às obras que se vão acumulando na “mesinha de cabeceira” se acentue. Há claramente livros que se lêem com muita rapidez e outros cuja leitura nos obriga a outro ritmo e a outro empenho. É o caso. Estou presentemente a ler Thomas Pynchon e David Foster Wallace (e diz-se que este é uma espécie de discípulo daquele) o que, para quem conhece o fôlego das respectivas obras, de certa forma me desculpa de não trazer, desta vez, nada de “fresco”. Ainda assim, fazendo uma busca pelas minhas lei

A caminho...

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Março na Estante...

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