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A mostrar mensagens de maio, 2011

ESTAÇÃO CARANDIRU de Drauzio Varella (Palavra)

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“Nenhum poder humano consegue forçar o impenetrável reduto da liberdade de um coração” FRANÇOIS FÉNELON Agora que resolvi falar deste livro, não encontro uma boa justificação para o tempo que decorreu entre a sua leitura e esta sugestão. Acontece em muitas alturas, e esta é uma delas, em que tenho muitos mais livros para ler do que tempo para fazê-lo, e isso tem o seu preço. Pelo menos no que a esta “estante” diz respeito, lá tenho que ir buscar sugestões de leituras mais ou menos anteriores. Esta, valha a verdade, apesar de a obra ser de 1999, no original do Brasil e ter sido publicada entre nós em 2005, só a li no ano passado, em 2010. E, manda também que se agradeça a quem ofereceu, o meu bom amigo Pedro Malaquias, a quem tenho que “tirar o chapéu” pela oferta e sugestão. É um livro que vale a pena, o seu autor Drauzio Varella, médico de carreira, conta-nos num registo directo e sem recurso a artificios literários um conjunto de histórias que fazem o quotidiano daquela que foi a ma

Entrou hoje...

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A METAMORFOSE de Franz Kafka (Guimarães)

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“Apenas se deveriam ler os livros que nos picam e que nos mordem. Se o livro que lemos não nos desperta como um murro no crânio, para quê lê-lo?” FRANZ KAFKA “Certa manhã, ao acordar após sonhos agitados, Gregor Samsa viu-se na sua casa, metamorfoseado num monstruoso insecto.” Esta é a mais que famosa primeira frase de “A Metamorfose” uma obra intemporal de Franz Kafka. Uma vez mais, vou entremeando as minhas sugestões entre o que vou lendo no momento e o que já li num passado mais ou menos remoto. Guardo deste livro muito boas recordações. Tem um grande conjunto de virtudes. É rápido de ler, fácil de perceber e depois dá para se lhe colar um sem numero de interpretações, o que ajuda sempre aqueles que gostam de forçar a análise para além dos livros, e muitas vezes para lá dos seus autores. Já eu, que nada mais pretendo do que incentivar a leitura, apresentando livros que me agradam e agradaram, (uns mais que outros, é certo), não me atiro a grande reflexões sobre a produção de terceir

O "cliente" que se segue...

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OS 36 HOMENS JUSTOS de Sam Bourne (Edições ASA)

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“Quando muitos homens estão juntos, é preciso separá-los pelos ritos, senão matam-se uns aos outros” JEAN PAUL SARTRE Com uma regularidade que impressiona, cá vou recebendo ofertas de leitura de alguns queridos Amigos. Esta veio do Ricardo Alexandre, meu compadre portuense radicado na Capital do Império por razões profissionais, a quem mais uma vez tenho que agradecer. É de facto uma novidade para mim, quer o livro, quer o seu autor. Sam Bourne é o pseudónimo literário do jornalista Jonathan Friedland, que é da excelente colheita de 1967 e escreve para o Guardian e o London Evening Standard. Este é o seu primeiro romance. E, se venho aqui sugeri-lo é porque me parece ser um excelente livro a ter em conta para as férias. É um livro de entretenimento garantido. Mais um dentro do agora mais do que florescente universo das teorias da conspiração. Aproveita bem o tema de um eventual apocalipse previsto na Cabala, e conta, de forma bem contada uma aventura de contornos policiais que se lê c

AS OBRAS PRIMAS DE T.S. SPIVET de Reif Larsen (Editorial Presença)

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“O verdadeiro herói e sempre herói por engano; sonhou ser um cobarde honesto” UMBERTO ECO O compromisso com a leitura oferece a quem o estabelece muitas e boas surpresas, assim tem sido felizmente comigo. Há cerca de um mês atrás, mais coisa menos coisa, teve lugar em Matosinhos um evento literário que porventura gente mais atenta já terá frequentado. A LeV Matosinhos, Literatura em Viagem. Comigo, apesar de tudo não tem sido assim. Não tenho sido nem grande nem assíduo frequentador de eventos da especialidade. Não que não lhe reveja a devida importância, mas sobretudo porque na maior parte das vezes em que tenho estado presente verifico que muitos autores são infinitamente menos interessantes que as respectivas obras, e nem sempre estas são suficientemente boas que justifiquem o empenho e a viagem. No entanto desta vez o motivo era sobremaneira especial, na sessão a que me propus assistir estaria presente o J. Rentes de Carvalho, o meu mais recente vicio literário. Combinada que estav

UM ESTUDO EM VERMELHO de Sir Arthur Conan Doyle

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“O homem é absurdo por aquilo que busca, grande por aquilo que encontra” Paul Valéry Há já algum tempo que não sugeria nada de dentro de um universo que me agrada particularmente e que já deixou nesta coluna muitas sugestões anteriormente. Os romances policiais. Ora se o género me tem oferecido desde sempre muitas e boas horas de leitura, há alguns clássicos que me parecem absolutamente essenciais. Acreditando que haja quem não leu nada da obra de Arthur Conan Doyle, acho altamente improvável que não estejam pelo menos familiarizados com a sua maior criação, o genial detective Sherlock Holmes. Este “Um Estudo em Vermelho” ou “Um estudo em Escarlate”, conforme a versão seja a portuguesa do Brasil ou de Portugal, (“A Study in Scarlet” no original), introduz-nos a uma das duplas de personagens literárias mais icónicas de sempre. Sherlock Holmes e o seu amigo, companheiro, mas sobretudo biógrafo e narrador das aventuras de ambos, o médico Watson. Originalmente publicado em formato de revis