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A mostrar mensagens de dezembro, 2010

2010 - Os Livros de que não falei.

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No finalzinho de 2010, deixo aqui, tal como nos típicos jantares desta quadra, “os restos” para partilhar com os amigos. Desde a primeira destas sugestões de leitura, que, no final da página há um conjunto de livros a que pomposamente chamo os da “mesinha de cabeceira”. São aqueles que vou tendo para ler... E, como tenho aqui repetido muitas vezes, apesar de ser um leitor compulsivo e de ler quase tudo , o facto é, que o quase também existe. Há um certo número de livros que me passam pelas mãos, sejam oferecidos, comprados, recomendados ou emprestados cuja leitura não fui capaz de concluir. Outros há ainda que li e não sugeri. Há ainda outros, a maioria, que foram simplesmente ultrapassados pelo meu interesse noutros que entretanto me surgiram (alguns desses casos ocorreram quando li a trilogia Millennium de Stieg Larsson, por exemplo). Assim, deixo aqui, para apreciação, e dividido entre o que li, o que não terminei, e os de que não gostei (mera opinião minha, que pode se

FELIZ 2011!!!!!

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A AMANTE HOLANDESA de J. Rentes de Carvalho (Quetzal)

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“ Nas ligações do coração, como nas estações, os primeiros frios são os mais sensíveis ” BERNARD FONTENELLE C umprindo o que tinha prometido a mim próprio, aqui prossigo a minha descoberta particular do universo literário de J. Rentes de Carvalho. Este livro, “A Amante Holandesa”, não fez mais do que confirmar a impressão poderosa que me tinha deixado o primeiro que li, “Ernestina”. É um facto, J. Rentes de Carvalho é um escritor a sério. E digo isto alicerçado numa posição particular, de quem tem sempre, defeito meu decerto, preferido a literatura internacional ao que por cá se edita de autores nacionais. Irrita-me bastante a constante descoberta de “novos valores” e de “revelações”, que se vem a revelar, isso sim, grandes decepções para mim. É um pouco como se o futebol produzisse Eusébios e Maradonas em série, se é que me faço entender. Bem, retomando o tema e o autor, começo por dizer que, ao contrário de outras obras esta é-me dificil de classificar, ou encaixar numa das pratele

Novas Entradas

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ASSASSINATOS NA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS de Jô Soares (Editorial Presença)

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Feliz reencontro com um autor de poucos livros publicados. Para inicio de conversa adiantamos já que sim, este é o Jô Soares humorista, o de “ Viva o Gordo ” e dono de um dos talk shows mais influentes e antigos da TV brasileira. Tinha já lido em tempos o seu primeiro romance, do qual aliás fiquei com excelente impressão, e que aproveito aqui para também sugerir: “O Xangô de Baker Street”, uma deliciosa aventura de Sherlock Holmes no Brasil, escrita com humor e inteligência. Uma boa homenagem a Sir Arthur Conan Doyle, sem dúvida. Resolvi entretanto ir em busca de mais dois livros de Jô Soares, e do primeiro aqui estou a dar conta. Este “Assassinatos na Academia Brasileira de Letras” é mais um excelente romance policial. Num estilo muito próprio ao qual não é nada alheia a veia humorística do autor e a sua particular boa disposição. O tema versa sobre a ascensão às cadeiras da Academia Brasileira de Letras e o que, de certa forma, todos os interessados estão na disposição de fazer para

Mais um a agradecer ao Fernando Lopes...

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Em leitura...

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Andava há que tempos para ler isto, há algum tempo li "O Xangô de Baker Street" e adorei. Estes estou a ler em simultâneo....

ERNESTINA de J. Rentes de Carvalho (Quetzal)

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“ Toda a mulher acaba por ficar igual à sua própria mãe.Essa é a sua tragédia. Nenhum homem fica igual à sua própria mãe. Essa é a sua tragédia. ” OSCAR WILDE Ele há coisas do demónio! Anda um cristão a pregar contra uma certa categoria de “autores portugueses vivos”, e esbarra-se com um, que além de português parece estar dez vezes mais vivo que os outros. J. Rentes de Carvalho, que me foi dado a conhecer pelo meu particular Amigo Fernando Lopes, é um autor de sucesso...na Holanda!!! Pasme-se! Pasmo eu, agora que li este livro, pela minha bruta ignorância, que temo não ande sózinha nas hostes dos leitores, mais ou menos compulsivos, como eu. Este Senhor (com maiúsculas merecidíssimas) é um Mestre. Há muito, muito tempo, que nada de comparável me acontecia com um livro e um autor. Então português...estamos conversados. Se tivermos por inclinação ler algumas das coisas que a “genialidade” auto-proclamada da meia dúzia do costume, encontramos neste “Ernestina” um contraste de qualidade

Humor e muita sátira nas «Danças de S. Nicolau 2010»

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Ernestina de J. Rentes de Carvalho

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Um autor "português vivo", descoberto (para mim) pelo grande Fernando Lopes, que pelo andar da leitura me vai fazer engolir tudo o que tenho dito sobre quem escreve em português... Um autor que encarna o provérbio de não se ser profeta na sua terra...é "Big in The Netherlands.".... Á medida que vou lendo...vou ficando progressivamente envergonhado de não o conhecer há mais tempo...não por obrigação, mas pela falta que me fazem escritores a sério.. Obrigado Fernando pela apresentação e pelo empréstimo deste "Ernestina"....

Trailer El secreto de sus ojos

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Um dos melhores filmes de que me recordo. Óscar de Melhor Filme Estrangeiro 2009 Para mim "O Melhor Filme de 2009"

5ª AVENIDA de Candace Bushnell ( Oficina do Livro)

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“ Ninguém sobe tão alto como quem não sabe para onde vai ” CROMWELL Continuamos pois, de acordo com o proposto na semana passada, a utilizar como pano de fundo para estas sugestões, a cidade de Nova Iorque. E, para alterar um pouco o registo de leitura, proponho um livro de Candace Bushnell. Esta autora, que dispensará mais apresentações que não sejam o de ser a autora de “Sexo e a Cidade” (coluna que a própria escrevia no “The New York Observer” e que deu origem a um best seller, à série televisiva com o mesmo nome e ainda a dois filmes de grande êxito comercial). Já tive oportunidade de ler outras obras da autora, e, se os ambientes e o tom, andam invariavelmente à volta do mesmo: mulheres jovens e euas ambições e frustrações em ambientes cosmopolitas e sofisticados, não é menos verdade que esta autora o faz melhor que ninguém. Como diz um autor que muito prezo, escrever simples é o mais dificil. E estes livros, são, para além de entretenimento garantido, de uma percepção de um dete

QUANDO O BRILHO CAI de Jay McInernay ( Edições ASA)

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“ Corremos alegres para o precipício, quando pomos pela frente algo que nos impeça de o ver ” BLAISE PASCAL Lembrei-me a propósito do livro da semana passada, de fazer uma espécie de série temática de sugestões. O tema presente e que se repetirá na próxima coluna também, é o de livros, que tenham por cenário a cidade de Nova Iorque. Este “Quando o Brilho Cai”, de Jay McInernay, é de 1984, e se o sugiro, é porque é, de facto, um romance invulgar. Quando é lançado, faz com que crítica especializada lance o nome de McInernay para o comando de uma nova vaga, ou nova geração de escritores norte-americanos com uma voz e registo próprios. É também o caso de Bret Easton Ellis, de quem já temos sugerido obras aqui (relembramos que “Menos que Zero”, de B.E.Ellis, é lançado em 1985), e há inclusivamente apropriação de personagens por um e outro destes autores, chegando B.E.Ellis, a incluir o próprio McInernay, numa cena do seu mais recente “Lunar Park”. Mas, pormenores à parte, este livro tem vá