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A mostrar mensagens de abril, 2013

O ALB´OON de Miguel Salazar (Edição Guimarães 2012 Cidade Europeia do Desporto)

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“A caricatura é mais forte que as restrições e que as proibições. É imortal porque é uma das facetas daquele diamante que se chama verdade” Eça de Queiróz De vez em quando, para minha grande felicidade, vou tendo amigos que publicam as respectivas obras. Nesta o Miguel Salazar, um distinto Vimaranense, tal como eu da safra dos anos sessenta, publica uma retrospectiva da sua obra enquanto observador da sociedade e mais particularmente do fenómeno desportivo. Não disponho aqui de espaço para tratar convenientemente o tema da caricatura com a relevância que merece, mas há que saber pelo menos dar-lhe o lugar de destaque que tem mantido ao longo dos tempos dentro daquilo que é a crítica de sociedade. O Miguel é um mestre nesta arte. Pratica-a desde os dezasseis anos e tem um currículo vasto nesta área. Basta dizer que não cabe aqui. Os livros, para quem deles gosta como eu, não são apenas literatura, são sobretudo a sua própria mensagem. E este, que é o catálogo da expos

Ainda há heróis!!!

http://www.publico.pt/multimedia/video/novas-livrarias-obidos-20130421-172636?autoplay=1 De vez em quando surge algo que nos faz acreditar......esta é uma dessas maravilhas!!!!!!

Sete Letras

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Um filme belíssimo realizado pela Sandra Carneiro!!! Falarei disto mais à frente!

AS ESGANADAS de Jô Soares (Editorial Presença)

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“A gula mata mais do que a espada.” George Herbert Não há que lhe fazer. Sou fã. Jô Soares, que dispensa qualquer tipo de apresentações enquanto “entertainer” é também um magnifico escritor. Sempre num registo muito próprio a que não falta nunca um humor também ele singular, tem fabricado algumas obras, infelizmente poucas, que me tem oferecido algumas horas de grande prazer. Sou um inconfesso admirador do género policial, disso tenho, penso eu, dado bastante testemunho nestas colunas, mas há ingredientes que acrescentam em muito ao género. É também aqui o caso. Neste livro, Jô Soares volta a introduzir-nos um serial killer pouco comum. A começar pelo nome e função. Caronte, herdeiro da funerária Estige, é, ao contrário do romance policial clássico, em que cumpre ao leitor a descoberta do putativo criminoso, desde logo descrito e anunciado como o autor dos terríveis crimes que assolam a sociedade carioca de finais dos anos 30. Jô Soares, colocando-nos na época já visitada

Abril...Livros Mil... :)

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A PIADA INFINITA de David Foster Wallace (Quetzal)

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“A maioria dos homens vive uma existência de tranquilo desespero.” Henry Thoreau A primeira coisa a dizer aqui acerca de “A Piada Infinita”, é que não é possível, sob que angulo for, deixar aqui uma opinião firme sobre a obra. Em primeiro lugar pelo tamanho da obra, 1198 páginas, nesta edição da Quetzal. Mas mais, muito mais, pela complexidade e pelos incontáveis momentos de eventual remissão desta obra para a própria realidade do seu autor. Começaria talvez por aí. David Foster Wallace é uma espécie de estrela rock da literatura, neste caso, com mais propriedade a verdadeira “ dead rock star ”, o seu suicídio aos 46 anos de idade e uma obra que vem a ser considerada fundamental na literatura norte americana do último quartel do Séc. XX, assim o determinam. Deixa quando, depois de mais vinte anos de uso de medicação para uma depressão crónica, ainda uma última obra, acabada, encontrada ao seu lado, “ The Pale King ”, que viria, na sua publicação póstuma a receber o Pulitzer.

PELA ESTRADA FORA (O ROLO ORIGINAL) de Jack Kerouac (Relógio d´Água)

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“O viajante ainda é aquele que mais importa numa viagem.” André Suarés “Pela Estrada Fora”, ou, talvez mais conhecido pelo seu título original “On the Road” é uma obra que integra sistematicamente a quase totalidade das listas dos 100 melhores livros, ou dos 100 livros fundamentais do século XX. Só por isso merece a pena ser lido. Esta edição tem contudo um interesse e um valor acrescido. Trata-se da versão original da obra. Concretizando: Jack Kerouac escreveu este livro no espantoso prazo de três semanas, (alegadamente com recurso a vários estimulantes). Isto em 1951. As recusas por parte das editoras, sucederam-se até 1957, quando o livro foi publicado pela primeira vez. O certo é que o livro que é então publicado não é exactamente o mesmo que Kerouac escreveu. É um rescrito (ou melhor uma obra corrigida e expurgada de alguma crueza do original, que à época, e segundo os padrões morais vigentes não eram aceitáveis) do seu editor Malcom Cowley, que depura o estilo origina