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A mostrar mensagens de fevereiro, 2011

Em Abril...

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A avaliar pelos dois anteriores vem aí mais um grande romance... http://estanteacidental.blogspot.com/2009/12/o-caligrafo-edward-docx-2004-editora.html http://estanteacidental.blogspot.com/2009/12/verdade-de-edward-docx-civilizacao.html

TEMPESTADE de William Boyd (Casa das Letras)

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“ Tudo é precioso para aquele que foi, por muito tempo, privado de tudo ” NIETZSCHE Já com um livro anterior, esta impressão me tinha assaltado. É um autor de começos lentos, que introduz as tramas dos seus livros com suavidade. Que nos vai tornando progressivamente mais nitidos os cenários e as personagens até que, a um dado momento, sem quase nos apercebermos, estamos a viajar no livro a toda a velocidade. Não acontece com muitos autores, nem com muitas histórias. Este livro “Tempestade”, é um romance quase policial, se é que o género existe, e digo quase porque, pra além das características normais, encerra um conceito algo invulgar no enredo. O personagem principal desaparece socialmente. Adam Kindred, um jovem invetigador no campo da meteorologia, é envolvido acidentalmente num assassinato e torna-se o principal suspeito dessa morte. A principal característica disitintiva deste livro é a forma com Adam desaparece, e lhe são progressivamente retirados, camada após camada, todos o

TEMPO CONTADO de J. Rentes de Carvalho (Quetzal)

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“ Ser senhor do seu tempo é ser senhor de si próprio ” VOLTAIRE Para um leitor de assiduidade exemplar do blogue que o J. Rentes de Carvalho mantém, com actualizações diárias em tempocontado.blogspot.com , foi uma espécie de regresso aos anos de 1994 e 1995, aos quais reportam as entradas deste magnífico diário. A primeira caracteristica, e para mim, provavelmente a que mais avulta entre as muitas qualidades da escrita de J.Rentes de Carvalho é indefinivel por ser pessoal e intransmissível, é a de ser absoluta e completamente viciante. A clareza dos raciocínios, a visão atenta e sobretudo desempoeirada e fresca com que J.Rentes de Carvalho, nos brinda acerca de quase tudo aquilo em que podemos pensar ( e que o autor faz o favor de pensar por nós, note-se...) é absolutamente mágica. Em “Tempo Contado”, vamos acompanhando o quotidiano e pequenos e grandes eventos que se atravessam no “Tempo” que a J. Rentes de Carvalho pertence. Este diário, de este autor de que eu, ignorante confesso,

A caminho...

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O "Sargento Getúlio"sugestão recolhida em leitura de "Tempo Contado" de J. Rentes de Carvalho e "A Assombrosa Viagem de Pompónio Flato" por sugestão do Miguel Bastos e do Fernando Lopes.

O FEITIÇO DE XANGAI de Juan Marsé (D. Quixote)

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“ A cura está ligada do tempo e às vezes também às circunstâncias ” HIPÓCRATES Comecei este livro, oferta de amigos, com toda a abertura e esperança que alguma da recém descoberta literatura catalã me podia dar (descoberta para mim, claro está, basta ver em crónicas anteriores a minha incursão ao universo de Carlos Ruiz Zafón, como exemplo). No entanto, algo de parecido com um “feitiço” tomou conta de mim. Desde as primeiras páginas, uma sensação nebulosa de “déjà vú”, ou mais propriamente “déjà lú”. À medida que entrava de facto na história e nos seus personagens essa sensação foi-se intensificando até que, se fez uma luz. Não, não tinha já lido o livro. O que aconteceu é que, fruto de viver numa cidade que me oferece o privilégio de ser sócio de um dos mais antigos e certamente o mais activo e participado de todos os cineclubes do País, já tinha visto o filme. Curioso, não ter feito de imediato a ligação entre um e outro. Um bom filme de Fernando Trueba “El embrujo de Xangai”, que

BANCO de Henri Charrière (Bertrand

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“ A imaginação mais louca tem menos recursos que o destino ” CLAUDE AVELINE Esta semana, vou sugerir um dos primeiros livros de que tenho memória e do qual gostei verdadeiramente. Provavelmente o titulo “Banco” não dirá muito a muita gente, nos dias que correm. Mas, se dissermos que este é o segundo livro de Henri Charrière, que se seguiu a “Papillon”, estou certo que se fará luz. Por motivos que me são estranhos, provavelmente por ser ainda muito novo e por se encontrar este livro na biblioteca do meu pai, li-o antes de ler o primeiro. De “Papillon” muito se poderia dizer, desde o facto de ter constituido um dos maiores sucessos editoriais de sempre, considerado à época do seu lançamento, bem entendido, até às muitas polémicas que gerou, umas que teriam a ver com a veracidade do relato, que se pretedia auto-biográfico, até à qualidade literária, que muitos tentaram apoucar. A minha opinião, muitas vezes aqui expressa é a de que um bom livro, tem de ter ou uma boa história, (ou mesmo