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A mostrar mensagens de agosto, 2012

KYOTO de Yasunary Kawabata (D. Quixote)

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“A beleza é a harmonia entre o acaso e o bem” Simone Weil Quem andar minimamente atento às linhas finais desta crónica não ficará surpreso com esta sugestão. Este livro estava em “lista de espera” há largos meses. Não por nada de especial, simplesmente foram entrando para a “Mesinha de Cabeceira” artigos dos quais estava mais à espera. E a verdade é que foi bom aguardar. A literatura oriental, tem sido de facto um dos territórios inexplorados nas minhas incursões de leitura. Salvaguardando Haruki Murakami, de quem já por aqui tenho falado mais do que uma vez, e que foi a determinada altura uma pequena obsessão temporária, pouco mais me resta. Yasunary Kawabata nada mais significava para mim do que um nome na já longa lista de laureados com o Premio Nobel da Literatura, mais precisamente em 1968. Ora, o que também faz algum sentido dizer aqui uma vez mais,é o facto de que não é a quantidade de prémios, artigos, criticas ou polémicas que me levam a ler este ou aquele autor.

O JOGO DO ANJO de Carlos Ruiz Zafón (D. Quixote)

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"O jogo é um corpo-a-corpo com o destino." Anatole France Chegados que somos a vésperas de férias do jornal, que retomará publicação em Setembro, deixo aqui mais uma sugestão para o período que se segue e que, espero, seja também de descanso e de boas leituras. Uma vez mais, a ordem dos fatores se tornou arbitraria, nesta minha incursão pelo universo literário de Carlos Ruiz Zafón. Este é o segundo livro da esperada e celebrada tetralogia deste autor. Comecei pela “Sombra do Vento” e, como decerto se recordarão, aqui sugeri recentemente “O Prisioneiro do Céu”, a mais recente das obras deste conjunto. De qualquer forma a intenção anunciada do autor é a de que cada um destes tomos seja tomado como um livro único, uma história centrada em si mesma, se bem que, como sabem os que já leram mais de um destes livros, tudo esteja interligado. A estrela de toda esta saga é Barcelona, os seus ambientes e cenários desde a primeira Exposição Universal. Carlos Ruiz Zafón, criou u

OS DIÁRIOS SECRETOS de Camilla Läckberg (D Quixote)

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"Se revelares os teus segredos ao vento, não o culpes por os revelar às àrvores." Khalil Gibran Chegados que somos aos primeiros dias de Agosto, estou certo que são muitos aqueles que estão perto do seu período habitual de férias. Sem cair na tentação de voltar a falar das leituras estivais, pelo menos no seu aspeto qualitativo, há algo que posso fazer, e que é o que aqui me faz regressar, com esta, pelo menos há cento e trinta e cinco vezes já. Aconselhar um livro que entretenha. No fundo, aconselhar aquilo que a literatura tem como ultimo motivo, revelar pelos olhos de outros, novas pessoas e novas paisagens onde acontecem coisas que existem de facto ou são criadas para nosso prazer. Não tenho essa contabilidade fechada, mas desconfio, que dos muitos livros e autores que aqui tenho aconselhado, uma boa porção andará perto do género policial. Ora nos últimos anos, o que no meu caso particular não era conhecimento novo, o mercado editorial foi buscar alguns autores a

A SORTE DE JIM de Kingsley Amis (Quetzal)

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"Quanto maior for a sorte, menos se deve acreditar nela." Tito Livio Mais uma semana, esta de regresso ao trabalho após umas curtas mas proveitosas férias, em termos de leituras, claro está. Acontece com uma periodicidade certa e com uma certeza quase matemática que as prateleiras principais de todos os espaços que oferecem livros para venda na chamada “época alta” de férias, disponibilizam sempre uma maior oferta em termos de quantidade do que em termos de qualidade. Há uma certa “leitura de massas” que se pode apreciar mais significativamente nesta altura do ano. Assim, lá vemos pelas mesas das esplanadas e pelas areias das praias muitos livros de autores que quase sempre não nos surpreendem. Entendo desde sempre que não deve haver ditadura de gosto relativamente aos livros. No estado em que a literacia anda e tem andado no nosso País, já é um avanço considerável que as pessoas leiam livros maus, e pode mesmo ser por aí que a tendência se consiga estabelecer num