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A mostrar mensagens de julho, 2012

O PRISIONEIRO DO CÉU de Carlos Ruiz Zafón (Planeta)

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"Tudo é precioso para aquele que foi, por muito tempo, privado de  tudo." Friedrich Nietzsche Para início de conversa devo afirmar que este livro que hoje se sugere foi, de facto, comprado no aeroporto. Não que, como mais de uma vez aqui tenho abordado, Carlos Ruiz Zafón, configure aquilo que genericamente se costuma designar por autor de leituras aeroportuárias. Tema que certamente me garantiria uma boa polémica com alguns dos puristas que enxameiam o terreno de piso incerto que é a critica literária, este de se saber quem, ou que tipo de livros, constituem essa categoria (muitas vezes injustiçada) de "leitura de aeroporto". Rótulos eventuais à parte o facto que aqui importa, e é o que me faz ciclicamente cá voltar com estas sugestões que podem ou não agradar, é o de que Carlos Ruiz Zafón é autor de um universo literário do qual me tornei claramente aficionado. Neste "O Prisioneiro do Céu", regressamos às personagens de "A Sombra do

A GRANDE ARTE de Rubem Fonseca (Sextante Editora)

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“Toda a arte é um problema de equilíbrio entre dois opostos” Cesare Pavese Há livros e livros. Deste estou positivamente a “ressacar”. Para início de conversa adianto já que é um extraordinário romance, que só por acaso também é um magnífico policial. De Rubem Fonseca outros melhor do que eu falarão com certeza, do seu trajeto, da sua obra, dos seus prémios, das suas características enquanto autor etc. Eu, que aqui nada mais pretendo, do que sugerir livros de que gosto ou gostei, tenho mais uma vez o meu papel extraordinariamente facilitado. Quem leu já algo de Rubem Fonseca sabe que a expectativa é sempre alta para todas as obras que se nos apresentam. Esta, de 1983, é, com grande probabilidade a que mais me fascinou até agora. Devo aqui confessar que conheci primeiro o protagonista destes romances, o advogado Mandrake, numa série televisiva que passou há algum tempo na RTP2, protagonizada pelo ator Marcos Palmeira e da qual na altura fiquei adepto. Para verem que sou um