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A mostrar mensagens de junho, 2012

A PAIXÃO DO POVO (História do Futebol em Portugal) de João Nuno Coelho e Francisco Pinheiro (Edições Afrontamento)

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“Tudo quanto sei com maior certeza sobre a moral e as obrigações dos homens devo-o ao futebol” Albert Camus Vários fatores concorrem para a sugestão desta semana ser esta em particular. Em primeiríssimo lugar o facto de um dos autores ser um dos meus melhores amigos e a quem estou ligado por laços de várias naturezas. O João Nuno Coelho, sociólogo com obra extensa sobre o fenómeno futebolístico é também agora um Vimaranense, facto no qual julgo ter uma pequena parcela de responsabilidade, se me permitem a imodéstia. Tem várias obras publicadas sobre as quais aqui falarei em futuras oportunidades. Se é estranho que nunca aqui tenha referido esta obra excecional e que é por muitos considerada como uma espécie de “Bíblia do Futebol” em Portugal, isso tem uma explicação e um motivo. Esta coluna tem como regra (que admite exceções que o mereçam, como é claramente o caso) o falar de livros que tenho lido recentemente ou leituras mais ou menos antigas que entendo serem merecedor

JONATHAN STRANGE & O SR. NORRELL de Susanna Clarke (Casa das Letras)

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“Só a fantasia permanece sempre jovem; o que nunca aconteceu nunca envelhece” Friedrich Schiller Numa fase mais complicada para as minhas leituras atuais, que, valha a verdade estão a concorrer com um momento profissional muito preenchido, a única forma de continuar a minha microscópica batalha pela leitura é a de me socorrer de leituras mais antigas. É o caso deste livro singular que durante muito tempo me deixou uma impressão intensa. É um livro de 2004 e foi a primeira obra publicada por Susanna Clarke (de quem aliás não li mais nada para ser honesto). Mas esta obra é mesmo assim única, no sentido de lhe pertencer uma forma e um estilo muito próprio. A ideia de base do livro, que nos remete para o século XIX em Inglaterra é de que a magia sempre teria existido no Reino Unido, até que simplesmente se extinguiu por nela se ter deixado de acreditar. É aí que surgem em cena as personagens principais deste livro, Gilbert Norrel e Jonatan Strange que vão tentar recuperar a mag

SANTA LIBERDADE de Miguel Bayón (Edições ASA)

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“Só é digno da liberdade, como da vida, aquele que se empenha em conquistá-la” Goethe Este livro já o li há algum tempo, (esta 1ª edição que possuo é de 2000) no entanto, nas voltas que dou habitualmente pela minha estante voltou-me às mãos e de imediato me pareceu uma injustiça ou pelo menos uma desatenção nunca aqui o ter sugerido . A história, aqui com H maiúsculo, é verdadeira, e para grande estranheza minha não é um episódio que a Democracia tenha celebrado e acarinhado como devia. Até o facto de o autor não ser português me gera uma certa surpresa também. Miguel Bayón é espanhol e toma este tema como seu, no que, também se deve dizer, nos presta a todos um belíssimo serviço. Na minha geração (os nascidos nos anos 60) o nome de Henrique Galvão ainda vai dizendo alguma coisa aos mais politizados, mas estou em crer que para as gerações que atualmente se sentam nos bancos das escolas em Portugal pouco ou nada significará. E é pena. É provavelmente uma daquelas personagens

O Caso da Noiva Atormentada de Erle Stanley Gardner (Edições ASA)

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“Um júri é um grupo de pessoas escolhidas para decidir quem tem o melhor advogado.” Robert Frost  “O Estranho Caso de Nunca Ter Escrito Nada Sobre Erle Stanley Gardner”, podia muito bem ser o titulo da sugestão de leitura desta semana. E é verdade, se por aqui tenho mantido que grande parte dos meus hábitos de leitura foram ganhos a devorar policiais na adolescência ( muito fruto da célebre Colecção vampiro, presente em grande parte das casas de familiares e amigos ), é de facto um “estranho caso” nunca aqui ter “chamado” o criador dessa figura mítica da literatura que é o advogado Perry Mason. Mais do que sugerir este livro em particular “O Caso da Noiva Atormentada” (devo referir que no original a noiva é curiosa e não atormentada “The Case of The Curious Bride”, o que em si também daria para gastar uma ou várias crónicas, com as aí sim “curiosas” traduções para português dos títulos de livros e filmes), mas avançando, o que mais importa aqui é de facto assinalar a obra e