SOLDADOS À FORÇA de David Lodge (ASA)


"Detesto, de saída, quem é capaz de marchar em formação com prazer ao som de uma banda. Nasceu com cérebro por engano; bastava-lhe a medula espinal” ” Albert Einstein

Não é segredo que David Lodge é um dos meus autores favoritos. Já por mais de uma vez aqui tenho sugerido livros da sua obra. Este, que tem algum registo autobiográfico, se bem que não seja dos mais conhecidos nem mesmo dos que mais sucesso de vendas atingiu, é um dos que mais gostei de ler. David Lodge é um mestre na arte de descrever a relação do individuo com grandes organizações e as próprias relações entre indivíduos que fazem parte destas. Boa parte do melhor que tem publicado versa sobretudo das vicissitudes do meio académico, de onde posso destacar títulos como “O Mundo é Pequeno” ou a “Troca” que são do melhor que tenho encontrado, neste registo de extrema atenção ao pormenor e de um sentido de humor apuradíssimo. Ao penetrar no meio castrense, o nível não baixa minimamente. É um retrato completo do que a prestação do serviço militar pode infligir ao individuo. Nas mas completas e detalhadas situações do que podemos antever do tema. Não se fica por aí o livro, não é uma mera memória dos “dias de caserna” mas um romance que trata assuntos que vão muito além da vida de quartel. É um livro que trata sobretudo da Amizade, e da perda dela e no extremo da traição entre amigos. É certo que nem sempre o que aqui se vai sugerindo é consensual. Muito do que ao longo destas sugestões semanais se vai compartilhando é mero gosto pessoal. E muitas vezes há livros que lidos numa altura se nos mostram muito bons e agradáveis e os mesmos livros noutra situação não nos agradam assim tanto. Tento aqui, por se tratar de uma coluna de sugestões (e não de critica literária para a qual não pretendo ter nem posicionamento, nem paciência diga-se em abono da verdade), ser o mais mainstream possível, dado que o meu objetivo ultimo não é que leiam o que eu li. É simplesmente que leiam. Ponto. De qualquer forma estou certo que esta será uma sugestão pacífica e transversal ao gosto da maioria. Aproveitem. Boa Semana e …. Boas Leituras!

Na Mesinha De Cabeceira:
Kyoto de Yasunary Kawabata (Dom Quixote)
Rever Portugal de Jorge de Sena (Guimarães)
Uma Mentira Mil Vezes Repetida de Manuel Jorge Marmelo (Quetzal)
O Homem Que Gostava de Cães de Leonardo Padura (Porto Editora)
O Ano do Dilúvio de Margaret Atwood (Bertrand)
V. de Thomas Pynchon (Bertrand)


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