O CONDE DE MONTECRISTO de Alexandre Dumas
"A vingança é o manjar mais
delicioso, condimentado no Inferno" Walter Scott
Percorrendo a lista de
livros que por aqui vou sugerindo e olhando para a estante, a estante de facto
aqui de casa, assinalo uma outra falha que merece correção imediata. Obrigado
que sou, por motivos pessoais e profissionais a uma certa “desaceleração” na
minha velocidade de leitura habitual, não quero no entanto deixar de ir
sugerindo leituras, que como esta de hoje, são intemporais, e acrescento, de
aposta completamente segura. A única dificuldade que se me afigura aqui será no
entanto a de encontrar quem nunca tenha lido “O Conde de Montecristo”. É uma
obra absolutamente magistral, um clássico a todos os títulos. Ainda conservo os
três volumes de uma edição do Circulo de Leitores dos anos oitenta que já por
várias vezes reli. É o romance onde impera por excelência o desejo de vingança.
A reviravolta do destino que permite ao pobre injustiçado aceder a riquezas
fabulosas que lhe dão os meios necessários para corrigir e reparar todas as
maquinações que contra ele tinham sido perpetradas. Edmond Dantés, o mais que
famoso protagonista é falsamente acusado e preso no Castelo de If, do qual se
evade numa das mais famosas fugas literárias da prisão de todos os livros, para
encontrar um tesouro de proporções inimagináveis que lhe vai proporcionar a
queda de todos os que o haviam prejudicado. Sendo como para mim foi, e suponho
que para muitos também, um romance típico de aventura, e que li na adolescência,
não tenho no entanto qualquer pejo em recomendar a sua leitura a quem,
eventualmente o não tenha feito. Este é um dos casos em que quaisquer obras de
cinema e televisão que adaptaram este livro, nunca (apesar de não as ter
decerto visto todas), nunca fizeram completa justiça à belíssima e poderosa
obra de Alexandre Dumas. Recomendo com toda a convicção. Se há livros que
propagam, disseminam e contaminam o leitor com o vírus da leitura compulsiva,
este será com toda a certeza uma das estirpes mais resistentes, no tempo e em
qualidade dessa magnifica doença. É uma das pedras basilares da leitura no que
a mim me diz respeito, por isso é com imenso prazer que aqui o venho relembrar
e sugerir. Vão pensando neste livro como uma das mais válidas opções para
oferta, a vós próprios ou a gente de quem gostem. Voltarei na próxima semana a
sugerir coisas, ia dizer mais atuais, mas a natureza humana descrita n´”O Conde
de Montecristo” é a de sempre, pelo que melhor dizendo, voltarei na próxima
semana a recomendar leituras de edição mais recente.
Boa semana e … Melhores
Leituras! J
Na Mesinha De Cabeceira:
REVER PORTUGAL de Jorge de
Sena (Guimarães)
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