A RAINHA E EU de Sue Towsend (Difel)
“Há pessoas que tem uma biblioteca como os eunucos um harém” Victor Hugo
Sue Towsend é, como provavelmente saberão, a criadora do espantoso personagem Adrian Mole, que surge em “O Diário Secreto de Adrian Mole”, as confissões de um adolescente inglês dos anos 80, cuja vida podemos acompanhar até ao ultimo livro da série, publicado em 2008 “Os Diários Perdidos de Adrian Mole”. São livros de um humor absolutamente genial, absorvido das coisas mais pequenas do nosso quotidiano, como só um grande observador da realidade, e, neste caso, uma grande escritora conseguem retratar. A realidade politica e social inglesa dos últimos quase quarenta anos é retratada livro após livro, sempre com um olhar sobre realidades que conhecemos, mas com uma visão satírica e muito bem disposta, nesta série Adrian Mole. Destes permito-me salientar os títulos : “Adrian Mole na Idade do Capuccino” e “Adrian Mole e as Armas de Destruição Maciça”, este ultimo uma critica directa à intervenção inglesa no Iraque, sempre com recurso à visão sempre algo alheada da realidade de A. Mole e às suas opiniões, a maior parte das vezes preconceituosas mas sempre profundamente ingénuas.
O livro de hoje está noutro registo da mesma autora, onde podemos encontrar também outros dois títulos anão perder : “Numero 10” e “A Rainha Camilla”. “A Rainha e Eu” é uma obra de História alternativa, parte de um cenário em que o uma vitoria eleitoral do Partido Republicano retira do poder a Monarquia, e manda a Família Real viver num bairro dos subúrbios.
Há passagens de um humor delirante que retratam A Rainha, o Príncipe Carlos, Diana de Gales (o livro é de 1993) e os Príncipes William e Harry a terem, subitamente, que viver como um agregado familiar de classe operária.
A descrição do contraste entre os tiques e a afectação da nobreza e os costumes (ou maus costumes) dos novos vizinhos e a interacção entre ambos, geram situações e descrições de um humor irresistível. Mais uma vez Sue Towsend prova nesta obra o seu talento e mestria com que expõe o ridículo, onde quer que ele se encontre.
É um bom livro, que entretém e sobretudo diverte, a ideia de base é muito bem trabalhada e o resultado global extremamente bem conseguido, com uma ressalva para o final, que, pessoalmente não me agradou totalmente.
De qualquer forma quem leu, sabe que há muitas e boas gargalhadas nas páginas deste livro, e que vale realmente a pena para quem goste de se divertir. No restante deixo também um pedido especial para que não percam a obra de Sue Towsend, especialmente a série Adrian Mole. Garanto que não se vão arrepender.
PARA A SEMANA: A VERDADE de Edward Docx (Civilização)
NA MESINHA DE CABECEIRA:
Continuam:
EU, ANIMAL de Indra Sinha (Difel)
O SIMBOLO PERDIDO de Dan Brown
EM PORTUGAL NÃO SE COME MAL de Miguel Esteves Cardoso (Assírio & Alvim)
NO CORAÇÃO DE ÁFRICA de William Boyd (Casa das Letras)
A RAPARIGA QUE ROUBAVA LIVROS de Markus Zusak (Editorial Presença)
A MULHER CERTA de Sándor Márai (D. Quixote)
Sue Towsend é, como provavelmente saberão, a criadora do espantoso personagem Adrian Mole, que surge em “O Diário Secreto de Adrian Mole”, as confissões de um adolescente inglês dos anos 80, cuja vida podemos acompanhar até ao ultimo livro da série, publicado em 2008 “Os Diários Perdidos de Adrian Mole”. São livros de um humor absolutamente genial, absorvido das coisas mais pequenas do nosso quotidiano, como só um grande observador da realidade, e, neste caso, uma grande escritora conseguem retratar. A realidade politica e social inglesa dos últimos quase quarenta anos é retratada livro após livro, sempre com um olhar sobre realidades que conhecemos, mas com uma visão satírica e muito bem disposta, nesta série Adrian Mole. Destes permito-me salientar os títulos : “Adrian Mole na Idade do Capuccino” e “Adrian Mole e as Armas de Destruição Maciça”, este ultimo uma critica directa à intervenção inglesa no Iraque, sempre com recurso à visão sempre algo alheada da realidade de A. Mole e às suas opiniões, a maior parte das vezes preconceituosas mas sempre profundamente ingénuas.
O livro de hoje está noutro registo da mesma autora, onde podemos encontrar também outros dois títulos anão perder : “Numero 10” e “A Rainha Camilla”. “A Rainha e Eu” é uma obra de História alternativa, parte de um cenário em que o uma vitoria eleitoral do Partido Republicano retira do poder a Monarquia, e manda a Família Real viver num bairro dos subúrbios.
Há passagens de um humor delirante que retratam A Rainha, o Príncipe Carlos, Diana de Gales (o livro é de 1993) e os Príncipes William e Harry a terem, subitamente, que viver como um agregado familiar de classe operária.
A descrição do contraste entre os tiques e a afectação da nobreza e os costumes (ou maus costumes) dos novos vizinhos e a interacção entre ambos, geram situações e descrições de um humor irresistível. Mais uma vez Sue Towsend prova nesta obra o seu talento e mestria com que expõe o ridículo, onde quer que ele se encontre.
É um bom livro, que entretém e sobretudo diverte, a ideia de base é muito bem trabalhada e o resultado global extremamente bem conseguido, com uma ressalva para o final, que, pessoalmente não me agradou totalmente.
De qualquer forma quem leu, sabe que há muitas e boas gargalhadas nas páginas deste livro, e que vale realmente a pena para quem goste de se divertir. No restante deixo também um pedido especial para que não percam a obra de Sue Towsend, especialmente a série Adrian Mole. Garanto que não se vão arrepender.
PARA A SEMANA: A VERDADE de Edward Docx (Civilização)
NA MESINHA DE CABECEIRA:
Continuam:
EU, ANIMAL de Indra Sinha (Difel)
O SIMBOLO PERDIDO de Dan Brown
EM PORTUGAL NÃO SE COME MAL de Miguel Esteves Cardoso (Assírio & Alvim)
NO CORAÇÃO DE ÁFRICA de William Boyd (Casa das Letras)
A RAPARIGA QUE ROUBAVA LIVROS de Markus Zusak (Editorial Presença)
A MULHER CERTA de Sándor Márai (D. Quixote)
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